Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

17 de setembro de 2020
Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio

Por Andrea Moreli, cientista social, membro da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio (ABEPS) e professora da UNIFASE.

Setembro chegou. Com ele, fitinhas amarelas tomam conta das redes sociais e grande mídia. Mês da prevenção do suicídio. Em 2003, a Organização Mundial de Saúde (OMS) estabeleceu 10 de setembro como Dia Mundial de Prevenção do Suicídio visando uma discussão consciente e solidária. Aproveitando a data mundial, em 2015, foi criada no Brasil a campanha Setembro Amarelo. A cor da campanha é uma homenagem ao jovem americano Mike Emme, apaixonado por mecânica, que restaurou e pintou um Mustang 1968 amarelo e se suicidou em 1994, aos 17 anos. No funeral, amigos levaram fitas amarelas e puxaram a campanha “se precisar, peça ajuda”. A fita amarela ficou então símbolo da prevenção do suicídio.

Somos o único país que dedica um mês inteiro à causa. Pode ser preocupante a possibilidade de acionar gatilhos e o desconforto aos enlutados expostos nesse longo período. Falar abertamente sobre suicídio é muito importante, combater seus mitos é necessário, mas devemos estar abertos ao diálogo sempre, em qualquer época do ano! É preciso ter cuidado na maneira como o suicídio é abordado, com a divulgação de estatísticas de fontes duvidosas e informações aterrorizantes, com a onda de (súbitos) especialistas que surgem para falar sobre o tema. O suicídio é uma questão de saúde pública e devemos estar atentos a ele sempre, como postura de vida e não por adesão. Não adianta postar fitas e frases motivacionais nas redes sociais, subir hashtags pela causa e no instante seguinte ignorar a pessoa que está ao seu lado, não estar aberto a ouvir.

Nesta supermodernidade que nos empurra a uma vida corrida, para o “tudo ao mesmo tempo agora”, para a sensação de que estamos sempre em débito com alguma coisa e de que faltam horas nos nossos dias, a capacidade de pausar e atribuir significados ao que sentimos é fundamental. Vivemos um momento em que tudo nos leva a não criar vínculos, não nos prendemos a nada. Só que quanto mais nos distanciamos do outro, menos significamos nossos cotidianos, não conhecemos nossos vizinhos, não olhamos para quem está sentado ao nosso lado no ônibus, ficamos cada vez mais em nossas individualidades. Somos seres sociais, constituídos pelas nossas relações sociais, precisamos do outro, no entanto, parece que estamos na contramão dos laços sociais, do compromisso durável. Precisamos reverter este quadro.

Durkheim, teórico do século XIX, que publicou criterioso estudo científico sobre o suicídio, chamou a atenção para o fato das mortes voluntárias ocorrerem em razão inversa ao grau dos laços sociais. Onde havia vínculos sociais mais sólidos, os índices eram menores. Mais de um século após publicação do livro, vivemos o auge do individualismo. Assistimos episódios cotidianos de defensores da coletividade desde que seus privilégios estejam assegurados, uma cultura na qual todos querem ser VIPs, querem vantagem, mas não tem como todos chegarem em primeiro lugar. E aí, muitas vezes, institui-se o descaso como norma. É essa a sociedade que queremos? O suicídio é um fenômeno multifatorial, não tem como atribuir uma causa. Mas não podemos negar que muitas questões sociais potencializam fatores de risco. Falar de prevenção do suicídio é repensar uma série de padrões (inatingíveis) que nos são impostos todo o tempo. É falar de defesa dos Direitos Humanos, de respeito à diversidade, de desconstrução de preconceitos. Falar de prevenção do suicídio é falar de acolhimento.

O setembro amarelo ajudou a quebrar tabus, dar maior visibilidade à questão e isso é um grande mérito! Só não podemos nos esquecer que enxergar o outro, ouvir, se importar com outras vidas, deve ser prática constante, do ano inteiro.

 

30 de maio de 2025
O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE) lançou seu edital de transferência externa para o segundo semestre deste ano, garantindo condições especiais aos estudantes que desejam dar continuidade aos seus estudos na instituição. Os descontos podem chegar a 50%, conforme prevê o edital. Há vagas para os cursos de Administração, Enfermagem (Bacharelado e Licenciatura), Nutrição, Odontologia, Psicologia e Radiologia. O edital de transferência pode ser acessado no site da UNIFASE, assim como o regulamento da campanha 2025.2, em www.unifase-rj.edu.br/transferencia#TransferenciaUNIFASE . A inscrição no processo de transferência pode ser feita até o dia 15 de agosto. A UNIFASE é reconhecida como um dos melhores centros universitários do país e seus cursos são destaque nas avaliações do Ministério da Educação, tanto em conceitos institucionais quanto no desempenho no ENADE. O curso de Radiologia, inclusive, foi o que teve melhor avaliação no ENADE em todo o Estado do Rio e os cursos de Odontologia, Nutrição, Psicologia, Enfermagem e Administração mantêm-se entre os melhores, com Administração figurando, há 10 anos, entre os com melhor avaliação, Odontologia ficando em 1º lugar entre as instituições privadas e Nutrição, em 2º também entre instituições privadas. Além da transferência, a UNIFASE também oferece opções de ingresso como segunda graduação, vestibular on-line, ENEM, Prouni e Fies. A UNIFASE tem nota máxima no Ministério da Educação e é reconhecida pela qualidade na formação para o mercado de trabalho. Outras informações podem ser obtidas no site www.unifase-rj.edu.br ou através do WhatsApp, pelos números (24) 98865-0693, (24) 99211-2542 e (24) 99200-4036.
29 de maio de 2025
O evento vai abordar as mais recentes inovações e práticas tecnológicas na área.
28 de maio de 2025
ONU faz alerta global e UNIFASE/FMP propõe caminhos regenerativos com curso de extensão e ações sustentáveis