Os heróis da imagem na luta contra a COVID-19

9 de junho de 2020
Os heróis da imagem na luta contra a COVID-19

André Kinder
Médico e coordenador do curso de Radiologia da FMP/Fase.

A crise sanitária na qual vivemos, aliada à falta de condições ideais de trabalho e ao descaso histórico por parte do poder público e dos empresários do setor de saúde, criaram um cenário de guerra para os profissionais da linha de frente, resultando em um número crescente de óbitos e afastamentos.

Há muito tempo, estes profissionais lutam por uma valorização profissional e social, uma batalha que, sem dúvida, é ainda mais exaustiva para os profissionais do nível técnico e os “não médicos”, que têm uma sobrecarga de trabalho igual ou mesmo maior, com reconhecimento muito aquém do que merecem. Em momentos agudos, como estes que vivemos, percebemos ainda mais a importância de determinadas áreas.

Em algumas dessas áreas, como a da radiologia e da enfermagem, por estarem inseridas na rotina e manejo dos pacientes infectados, principalmente nos graves, mostram ainda mais seu valor. Afinal, como poderíamos tratar um paciente sem diagnóstico?  Ou ainda, como seria o acompanhamento desses pacientes sem o devido cuidado contínuo e zeloso praticado pelos enfermeiros e pelos técnicos de enfermagem? Longe de desmerecer qualquer área, peço licença para lembrar que o profissional em radiologia está sempre ali, pronto para intervir e ajudar, independente do cenário.

Todos os estudos recentes sobre a Covid-19 mostram a importância dos exames de imagem para o diagnóstico e acompanhamento dos pacientes infectados, em especial para avaliação do local de maior dano causado por esse vírus, as vias respiratórias, tendo como método principal a Tomografia Computadorizada de Tórax. 

Cabe lembrar que a tomografia de tórax não é indicada como um exame de rastreio, nem é um exame diagnóstico substitutivo aos exames laboratoriais de biologia molecular (swab) e de sorologia (exame de sangue). A principal importância desse exame nos pacientes com pneumonia viral é avaliar a extensão da doença e os possíveis diagnósticos diferenciais, além de complicações relacionadas nos pacientes já infectados e que acabam evoluindo mal. Portanto, não é de se surpreender que esses pacientes são os mais sintomáticos, consequentemente os que tem maior carga viral e maior risco de contágio. Se já não bastasse a constante exposição à radiação e a outros fatores de risco que esses profissionais são submetidos, lidar com pacientes sintomáticos e altamente infectantes é, sem dúvida, um grande desafio.

Entretanto, quando estamos doentes e assustados, a última coisa que precisamos é de um profissional também assustado e, muito menos, incompetente. É preciso um profissional que passe segurança, que saiba interpretar uma requisição médica, que indique a melhor técnica de posicionamento e de aquisição das imagens. É preciso um profissional que nos poupe de doses excessivas de radiação e de doses desnecessárias de contraste, muitas vezes maléficos aos nossos rins e pulmões. Nenhum profissional da saúde de outras áreas é capaz de realizar essas atividades.

Além disso tudo, é o conhecimento do profissional de radiologia que permite a redução da contaminação do ambiente e dos demais profissionais ao redor, realizando o exame no menor tempo e com a menor exposição possível, com redução ao máximo da carga viral no setor de imagem.

Apesar de todos os riscos, poder ajudar o próximo, quando ele mais precisa, faz com que consigamos enfrentar os nossos medos e anseios. É uma dádiva que poucos profissionais são capazes de ter. Só assim se torna viável superar a árdua rotina diária que vivemos e, ainda assim, ter o prazer de retribuir ao olhar assustado de um paciente com um sorriso de serenidade e segurança. Meus parabéns a todos os profissionais da radiologia!

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A Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) está com as inscrições abertas para o ingresso de estudantes por meio do Diploma Internacional Baccalaureate (IB). O processo seletivo, com edital já publicado, oferece cinco vagas para o curso de graduação em Medicina. As inscrições estão abertas até o dia 9 de janeiro de 2026, exclusivamente pelo site https://www.unifase-rj.edu.br/baccalaureate-fmp A divulgação do resultado está prevista para o dia 14 de janeiro de 2026, com matrículas nos dias 15 e 16 de janeiro de 2026. O Baccalaureate é um programa de ensino reconhecido internacionalmente por seu currículo acadêmico rigoroso e interdisciplinar. Com a adesão ao processo, a Faculdade de Medicina de Petrópolis amplia as possibilidades de acesso ao curso de Medicina, valorizando trajetórias escolares de excelência em instituições nacionais e estrangeiras. Para participar, o candidato deve ter concluído o IB a partir de 2023 e indicar a Faculdade de Medicina de Petrópolis como instituição de destino no momento da liberação do certificado oficial. A seleção será feita com base na nota final obtida no Exame IB, respeitando os critérios de classificação previstos no edital. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo Whatsapp, pelos números (24) 98865-0693 ou (024) 99200-4036. Sobre a Faculdade de Medicina Com quase 60 anos de história, a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) é referência na formação de médicos no país. Tem nota máxima no MEC (conceito institucional) e ficou entre as melhores instituições do Estado do Rio de Janeiro no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). Destaca-se pela qualidade técnica e também pela formação de excelência voltada ao desenvolvimento humano. A instituição, que funciona em um campus parque na região central de Petrópolis, promove uma abordagem multiprofissional e interativa, que valoriza tanto o conhecimento científico como a sensibilidade no cuidado ao paciente. Com infraestrutura de ponta, tem um dos mais modernos centros de simulação realística do país, mesa de anatomia digital e laboratório morfofuncional com peças humanas plastinadas e dissecadas - importadas da Alemanha, com alta qualidade de dissecção e sem formol. Outros destaques são o Centro de Inovação, Pesquisa e Atualização Cirúrgica (CIPAC), com cursos em cadáver lab, e o Laboratório de Medicina Regenerativa, entre outros. Os estudantes têm à disposição um hospital de ensino conveniado, que é credenciado pelo Ministério da Educação e pelo Ministério da Saúde, um Ambulatório Escola próprio com mais de 100 mil pacientes cadastrados, e unidades de Saúde da Família geridas diretamente pela instituição. Todos são cenários de estágios e práticas. Mais de 80% do corpo docente é composto por mestres e doutores, garantindo uma formação de alto nível acadêmico e técnico.  A Faculdade de Medicina de Petrópolis também mantém parcerias com instituições de renome nacional e internacional, como a Fiocruz, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), a Universidad del Desarrollo (Chile), a Universidad Nacional de Quilmes (Argentina) e a Universidade do Minho (Portugal), entre outras.