Especialistas alertam sobre a importância de manter a caderneta de vacinação em dia

27 de agosto de 2024
Especialistas alertam sobre a importância de manter a caderneta de vacinação em dia

 Pesquisa realizada pela UNIFASE/FMP, em parceria com a Fiocruz, revela queda da cobertura vacinal contra a coqueluche

A morte de um bebê de seis meses por coqueluche no Paraná acendeu um alerta sobre a importância de manter a vacinação das crianças em dia. Há 3 anos, no Brasil, não havia registro de óbito pela doença, de acordo com o Ministério da Saúde.


“A coqueluche é uma doença bacteriana respiratória, que acomete predominantemente crianças. Os sintomas iniciais podem durar de 1 a 2 semanas e são semelhantes a uma gripe comum, com obstrução nasal, tosse e espirros, e você não consegue diferenciar de outros quadros gripais. Após esse período, entra a fase paroxística, que é quando começa o que caracteriza a doença, com crises de tosse de repetição, podendo levar a pessoa a ficar com a boca roxa e fazer um ruído respiratório muito caraterístico nos bebês, por vezes seguidos de golfadas ou até vômitos”, explica o pediatra e infectologista, Dr. Felipe Moliterno, professor da Faculdade de Medicina de Petrópolis.


Essa doença é particularmente perigosa para bebês e crianças pequenas, que ainda não completaram o esquema vacinal com a vacina DTP, que é um imunizante combinado que protege contra três doenças: difteria, tétano e coqueluche. O esquema consiste em três doses aplicadas aos 2, 4 e 6 meses de idade, com reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos.


Uma pesquisa realizada pelo Observatório de Saúde na Infância, o Observa Infância, do Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP), em parceria com a Fiocruz, revelou que, no Brasil, a cobertura vacinal da DTP em 2023 foi de 85,48%, ainda abaixo da meta de 95% recomendada para garantir a imunidade coletiva. No estado do Rio de Janeiro, a cobertura foi de apenas 71,18%.

 
Em Petrópolis, o índice de cobertura vacinal foi de 80,11%, um índice superior à média estadual, mas ainda insuficiente. Os municípios de Teresópolis e Nova Friburgo têm um índice menor que Petrópolis, com 77,67% e 73,44% respectivamente.


“Essas baixas coberturas vacinais têm vários impactos negativos: aumentam o risco de surtos, facilitam o reaparecimento de doenças antes controladas, sobrecarregam o sistema de saúde e deixam os grupos mais vulneráveis, como bebês e pessoas com condições médicas que impedem a vacinação, em maior risco. Portanto, é fundamental intensificar campanhas de vacinação, realizar busca ativa de crianças que ainda não foram vacinadas, aumentar a conscientização dos pais sobre a importância da vacinação e facilitar o acesso aos serviços de saúde”, destaca a coordenadora da pesquisa e professora da UNIFASE/FMP, Patrícia Boccolini.


A vacina contra a coqueluche faz parte do calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde e é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Ambulatório Escola da UNIFASE/FMP tem disponível uma sala de vacina que atende a população, nesse caso, não é preciso agendar atendimento, basta levar o cartão de vacinação e um documento de identificação. O Ambulatório funciona de segunda a sexta-feira, das 08h às 16h30.

29 de outubro de 2025
Até quinta-feira (30) acontece a 31ª Semana Científica da UNIFASE/FMP, que neste ano tem como tema "Entre a serra e o mar - interfaces entre saúde, ecossistemas e tecnologias", promovendo uma troca de ideias entre os conhecimentos acadêmicos e a sociedade. "Toda escola é uma casa de aprendizado, mas é um aprendizado que não pode jamais ser desconectado da realidade da sociedade. Saúde é um conceito muito amplo, que fala do bem-estar global das pessoas, mas está diretamente ligada ao meio ambiente, onde nós vivemos e nos desenvolvemos. O nosso aprendizado, nosso fazer e nossa tecnologia não podem jamais estar descolados desse bem-estar do cuidado com os outros e da própria existência. A Semana Científica da UNIFASE/FMP tem que ser vista sob essa perspectiva de trazer os nossos saberes para a construção de uma sociedade inclusiva, justa e saudável", comenta Jorge D á u, presidente da Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. São mais de 1.100 inscritos, 234 trabalhos aprovados e mais de 70 palestrantes em um dos eventos acadêmicos mais tradicionais da instituição. "É muito importante trazermos para a nossa reflexão esse tema, que é o assunto do momento. Estamos a poucas semanas da COP30, que vai justamente discutir como estamos tratando a vida. Desejo que durante a Semana, os participantes vejam, reflitam e tirem as suas conclusões sobre que lado estamos no processo", acrescenta o professor Abílio Aranha, pró-reitor de Ensino e Extensão da UNIFASE/FMP. A programação conta com mesas-redondas, oficinas temáticas, palestras, mostras de trabalhos e apresentações culturais , abordando questões como inovação tecnológica, sustentabilidade e políticas públicas em saúde. "Num mundo onde o acesso à informação é ilimitado, seja ela verídica ou não, e que as respostas estão todas aí, é cada vez mais importante a gente conhecer quais são as perguntas relevantes, que podem mudar a qualidade de vida da população e melhorar o ambiente em que vivemos. Não é possível reconhecer as perguntas sem uma escuta atenta, sem uma interlocução, sem uma troca, e essa Semana é o espaço para isso", completa o professor Ricardo Tesch, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UNIFASE/FMP. A professora Thaise Gasser, coordenadora do curso de Nutrição e da Comissão de Residência Multiprofissional e em Área Profissional da Saúde da UNIFASE/FMP , foi a mediadora da mesa de abertura, que contou com a participação de Luana Pinho, professora associada da Faculdade de Oceanografia da UERJ, e Vitória Custódio, geógrafa e gerente de Prevenção e Preparação da Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Petrópolis. A professora Luana falou sobre como o aumento da temperatura dos oceanos impacta a região serrana. "Se associarmos as mudanças globais, como o aumento de C02 e o aumento da temperatura dos oceanos, consequentemente teremos o aumento da evaporação, das nuvens que vão se condensando, e o aumento das chuvas. É a partir daí que começamos a visualizar e a entender mais diretamente como as mudanças climáticas e as alterações nos oceanos podem também impactar quem mora na serra", explica. Já Vitória mostrou o mapa de risco geológico de Petrópolis e a topografia da bacia do Rio Quitandinha, que é a que mais sofre com risco hidrológico. "Para além de todas as condições naturais que já tínhamos para essa inundação ser tão severa, ainda temos a ocupação urbana e todas as questões antrópicas que influenciam ainda mais esse processo, como a impermeabilização do solo, a quantidade de construções, o esgotamento sanitário sendo despejado, enfim, tudo isso piora ainda mais o nosso cenário de risco", analisa. De acordo com a geógrafa, os riscos e desastres estão associados à população e sua exposição às ameaças presentes, podendo ser desencadeados por ameaças naturais ou antrópicas (atividades humanas), sendo sempre classificados como socioambientais por seus impactos. Além das ações comunitárias promovidas pela Secretaria Municipal de Proteção e Defesa Civil, Vitória mencionou ainda o projeto "Comunidade que cuida da vida", em parceria com a UNIFASE/FMP, na qual os estudantes juntos à equipe da Unidade de Saúde da Família da Estrada da Saudade, coletam informações fundamentais sobre vulnerabilidades da população para uma resposta mais eficiente em situações de desastres. A programação, que segue até quinta-feira (30), está disponível no site da instituição: https://www.even3.com.br/xxxi-semana-cientifica-unifasefmp-596978/ Câmara entrega título de utilidade pública municipal à UNIFASE/FMP Durante a abertura do evento, o vereador Dr. Aloisio Barbosa Filho entregou o Título de Utilidade Pública à Fundação Octacílio Gualberto, mantenedora da UNIFASE/FMP e da Escola Técnica Irmã Dulce Bastos. "É uma honra estar aqui como representante do Legislativo e poder homenagear a instituição que me formou. Todo gestor público deve honrar essa instituição, porque a saúde pública que temos hoje em Petrópolis deve muito à UNIFASE/FMP, através dessa parceria com o município", disse o vereador. "Não havia um melhor momento para fazer essa entrega do que na abertura da Semana Científica. Fico lisonjeada de receber esse reconhecimento público, mas mais do que a formalidade que tem implicações jurídicas legais, poder ouvir uma palavra daquele que tem uma tradição de vivenciar a FMP", destacou a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves. 
28 de outubro de 2025
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Com projeto sobre sustentabilidade UNIFASE/FMP conquista segundo lugar